Um
dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a
audição. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo
doutor em sua apresentação ao mundo. Isso acontece a partir do quinto mês de
gestação, onde o bebê ouve os sons do corpo da mamãe e sua voz.
É
através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na
barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na
capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente
as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.
O
Teste da Orelhinha é um teste simples, que tecnicamente se chama “Teste da
presença de emissões otoacústicas”. Através dele pode-se saber se o bebê ouve,
ainda que nos primeiros dias de vida. É um exame rápido e indolor para a
criança.
No
Brasil, por lei, todos os bebês devem ser submetidos a este exame, ainda na
maternidade.
Quais são os bebês de
risco para a perda auditiva?
- História de surdez na família;
- Prematuros;
- Uso de medicações, em geral,
antibióticos ototóxicos no berçário;
- Recém-nascidos com baixo peso;
- Que tenha tido infecções congênitas
como rubéola e citomegalovírus.
Em bebês normais, a
surdez varia de 1 a 3 crianças em cada 1.000 nascimentos, já em bebês de UTI
Neonatal, varia de 2 a 6 em cada 1.000 recém-nascidos. A avaliação Auditiva
Neonatal limitada aos bebês de risco é capaz de identificar apenas 50% dos
bebês com perda auditiva.
E se meu bebê não passar
no teste?
Caso o ouvido do bebê não responda aos
estímulos do exame, atenção! Seu filho deverá passar por um acompanhamento que
inclui a realização de outros exames para esclarecer se o problema é temporário
ou permanente. Frente ao teste positivo, o bebê deve ser submetido a
exames mais detalhados, como o PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco
Encefálico) diagnóstico, comummente conhecido como BERA (que é mais
específico que o exame de emissões otoacústicas e em não se altera frente as
condições que levam aos falsos positivos).
Quais são os principais
falsos positivos? (Quando o bebê não passa no teste, mas tem audição normal)
Esta
condição é comum. A presença de líquido na orelha média, vernix caseoso no
conduto auditivo e até mesmo cerúmen, podem levar a um resultado positivo. Ai
está a importância da avaliação médica e do reteste do bebê.
Portanto,
o Teste da Orelhinha é algo fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos
afetam a qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala, entre
muitas outras coisas.
Fontes:
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